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quarta-feira, 5 de setembro de 2007

:: Pronto para a semana farroupilha ::



Já tinha decidido, acordei as cinco da matina, entrei no celeiro preparei o baio, coloquei-o no reboque, tudo certinho. Peguei a gaita e o violão, não podia esquecer da térmica e a erva, joguei tudo dentro da caminhonete, e me toquei para a expointer.

Já eram nove horas, a caminhonete estava no reservado, o baio estava em exposição, peguei o violão e fui dar uma caminhada, cheguei em uma esquina perto das maquinas colheitadeiras, arrumei um cepo para escorar o pé e colocar a cerveja, e comecei a esticar a dedilhar as cordas, e soltar as cordas vocais.

Menos de cinco minutos, a multidão se amontoava em minha volta, logo apareceu uma sanfona e quando percebemos já estava armado o fandango, o sanfoneiro era o Deigmar dos quero-queros, no asfalto mais de dez casais sapecando a vanera, e a cerveja gelada não parava de chegar, e a turma pedindo as músicas, e era Louco por chamamé, Balseiros do Rio Uruguai, Criado em galpão e foi por ai a fora.
Perto do meio dia, o pessoal do CTG Porteira do Rio Grande, de Vacaria, se aprochegaram e já saiu um convite para uma costela na brasa, que estava sendo preparada pelo Bellini, lá no acampamento Farroupilha na Harmonia, me desvencilhei dos apetrechos e me toquei para Porto Alegre, sabia que iria encontrar a Clélia, uma linda guria lá de Lagoa Vermelha.

Cheguei na Harmonia perto da uma hora, estacionei perto do galpão e me fui a procura do pessoal, fiquei surpreso, pois o pessoal estava bem no inicio da montagem do acampamento, e encontrei o César Oliveira, o Marenco o Porca Veia, o Walter e o Getulio dos Criados em Galpão, também andava por lá o Ciri junto com o Volmir, como eu já estava mais pra lá do que pra cá, puxei minha sanfona e comecei a esticar a danada, a costela a beira do fogo, e o picadinho correndo salgando e salvando os estômagos que já estavam no espinhaço, e quem beberica um pouco sabe muito bem que o estomago não pode ficar vazio.

A prosa e verso estavam bons, todos arrodeando o fogo, um chuvisco caindo, era final de tarde e ainda não tinha enchergado a Clélia, o fandango também já estava formado, e todos dançando no chão batido, fazendo o maior lamaçal, fizeram dupla comigo o Walter, o Deigmar e o Marenco.

Terminei o final de semana totalmente no clima campeiro, tudo isto apenas no dia dois de setembro, imaginem na semana farroupilha, confesso que tudo o que fiz era apenas um pretexto, para encontrar a Clélia, como não a encontrei, tenho mais uma desculpa para retornar e me fartar no dia vinte de setembro, e se alguém tiver lendo este texto e a encontrar, peço a gentileza de comunicar-lhe que estarei na Harmonia no dia vinte, bebendo, cantando e dançando, só esperando encontra-la para retornar a terrinha e viver com ela no meu rancho.

É isto, fica o convite a todos para visitarem o Piquete Charla no Pago, no Parque da Harmonia.

Kadu Schwartzhaupt

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