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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

:: Análise do Fábio Salvador ::

O Chico Gutierres abriu o debate e fez uma pequena análise sobre as eleições de 2008, o professor Paulo Gilberto, entrou e também fez uma pequena explanação sobre o que ele acredita que acontecerá em 2008.
Mas agora recebo um análise bem completa e bastante embasada pelo meu amigo Fábio Salvador. Abaixo seu texto na integra:

Kadu, parabéns pelo blog Kaduzopolis, que é (ao meu ver) um dos mais legais de Viamão.

Só quero deixar duas informaçõezinhas... primeiro, meu blog não existe mais. O que existe é o http://www.melhordetodos.com.br/, onde comecei a estruturar um mega-portal. Um portal que terá noticiário, polêmica, entre outras coisas. Já te convido a participar desde já!
Depois, gostaria de fazer a minha própria análise.

Não creio tanto assim na força das candidaturas dos nomes que existem em Viamão.
Historicamente, nossa Câmara representa menos de 15% dos votos dos munícipes, exatamente porque, sem uma mídia forte na qual os candidatos possam se lançar (jornal impresso não tem horário eleitoral gratuito), os nossos vereadores dependem do contato pessoal para fazer votos. O eleitor tem que esperar a visita do candidato em carne e osso, ou de um cabo eleitoral, ou do carrinho de som, para saber que o fulano existe.

Assim, a verdadeira força que impulsiona os atuais vereadores (e que não é o brilho próprio de cada um deles, com raras excessões), é realmente a base, são aquelas dezenas de candidatozinhos que chegam "quase lá". Porque não há nenhum fenômeno de votos em Viamão. Não temos nenhuma Manuela ou um Enéas, que possam, trocando de partido, alterar o quadro eleitoral, especialmente para 2008.

Eu, portanto, vejo que a composição da Câmara seguirá mais ou menos o seguinte rumo:

O PT fica com 3 cadeiras, impulsionado pela militância e pelas máquinas municipal e federal. Quase com certeza, serão 3 cadeiras para o PT.

Se o PT fizer só 2 cadeiras, poderá dividir eleitorado com o PSB, que então faz 1 cadeirinha.

Em seguida, teremos o PMDB com 3 vereadores. A força do PMDB não está e nem nunca esteve no Nadim, no Valmir ou em quem quer que seja. O PMDB tem estrutura, massa e um afinamento muito grande com lideranças que ajudam o partido local. O PMDB é forte como partido. Com ou sem Nadim e Valmir.
Por falar em Nadim, é provável que se reeleja pelo PP, que tem força para fazer 2 vereadores. O segundo seria o Rospide. Ou o Canelinha.

O PTB tem 2 cadeiras pela força grupal, pelos votos dos candidatos minoritários da legenda. Mas pode ser que, grudado à máquina municipal, faça até 3. Pela ordem, podem entrar o Nelson, o Eraldo e quem sabe o Gilmar ou o André.

O PPS vai fazer 1 vereador, com ou sem o Gilmar a brilhar pela legenda. Aliás, mesmo sendo amigo do Gilmar (eu me dou bem com ele e muito mais com o filho dele), acho que ele vai ter que brigar muito para se reeleger.

O PSDB fará um vereador. O partido tem uma força como instituição, para tanto. E ainda parece longe da segunda cadeira. Valmir Moura tem o poder e os recursos para uma grande campanha, mas está com a imagem muito desgastada. Talvez o Leco volte a ser o tucano solitário. Ou talvez tenhamos surpresas.

O PSOL aparece como a grande incógnita, mas pela força que vem demonstrando, talvez faça um vereador. Caso a candidatura de Luciana Genro emplaque em Porto Alegre, o nosso vereador Geraldinho assume em Brasília, impulsionando o partido local. E aí, o PSOL pode roubar aquela cadeirinha que eu havia dito ser do PSB logo acima, fazendo 2 vereadores, pois PSOl e PSB meio que dividem o mesmo eleitorado.

Existe o risco de uma das cadeiras do PMDB ou do PT ser levada pelo PR, encabeçado pelo bem-votado Tadeu Nunes. Mas isso é só suposição.

O PDT não fará nenhum vereador. O partido mal conseguiu 5 mil votos na última eleição, e emplacou o Romer e o Cristaldo na “onda” dos votos do PP, que era seu aliado na proporcional. Partido nenhum aceitará repetir a “doação”. O PDT passou por um processo de conflito interno nos últimos 2 anos, no qual eu mesmo participei e pude observar muito de perto. Houve um desmantelamento. O partido sempre foi uma legenda fraca com nomes muito fortes. Hoje tem só o Cristaldo e talvez alguém da família Rocha. O partido ainda tem uma ferida aberta, deixada pela saída do Romer. E por ela, “sangram” simpatizantes para o PSOL todos os dias. A legenda brizoleta não chegará a 6 mil votos.
Este texto é do nosso amigo Fábio Salvador, qualquer dúvida, contate com o próprio.
Kadú Schwartzhaupt

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