A decisão da Copa João Garcia, Prata e Ouro, foi além de uma demonstração da capacidade de organização do Julinho Santos, manifestação de civilidade, cidadania e brasileiridade dos torcedores presentes.
Foi emocionante ver aquela gente humilde e trabalhadora, cantar o Hino Nacional com todo o respeito. A gente jamais espera que os jovens presentes, na maioria, naquele ginásio pudesse cantar o Hino Nacional assim, pois, representam a camada mais sofrida da população, sem chances de emprego, sem poder cursar uma universidade e ainda confundidos com marginais por morarem em vilas. Pois, foi um tapa na minha cara.
Perdoem-me por julga-los mal, vocês amam muito mais este País que o Presidente da República e seus asseclas encastelados e a bordo do Number One do Planalto.
As decisões foram lógicas, mas sómente depois do apito final, até ali era pau puro, bola em jogo e muita competição. Foi muito bom, casa cheia, FM Santa Izabel transmitindo, cobertura do Daniel Jaeger do Diario de Viamão (exagerou nas fotos hein garoto, obrigado, mas exagerou não merecia tanto) e uma festa da galera.
Parabéns aos campeões, vices e todos os que deram brilho a esta sexta edição da copa que leva o meu nome, por extrema gentileza do Julinho Santos.
E o Tamoio hein?
Tô numas que devemos ajudar o Tamoio de Viamão. Nem sei por onde começar, mas se Sapucaia, Canoas, Gravataí tem times profissionais porque Viamão que tem radio, que tem jornal diário, não pode projetar para daqui há três anos um time na Serie C. Além de ter condições de contar com apoio do empresariado local. Bem, porque está na hora da Coca Cola, Mumu, Frramentas Gerais, por exemplo devolverem em ação social a presença em território viamonense.
Não me digam que futebol não é ação social, porque se não fôr mudo de País. Já imaginaram o Tamoio com um time jovem (olha aí Paulo Coelhinho Roberto e Tafarél, é a chance) montado com a base da gurizada, mais uns três ou quatro veteranos? Material humano não falta na várzea e para os dois citados - que são empresários de futebol, uma boa barriga de aluguel.
A prefeitura dá uma força no estádio (arquibancadas, gramado, etc) e fica tudo pronto para o time. Falo no Tamoio, porque assim como o Cerâmica tem tradição. Só estou provocando o debate e quero ver o pessoal da FM e do Diário de Viamão prococando o debate.
João Garcia - Comentarista Esportivo
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